domingo, 8 de setembro de 2013

Talvez o silêncio que arde, 
seja a voz que você sempre quis ouvir. 
Todos os dias, 
antes de dormir. 

Enquanto o inferno queima,

o inverno esfria,
a noite, embirra, 
e os demônios, espiam.

Fazendo de nós, 

mortos, sem voz, 
marionetes, do teatro, 
falso e abstrato.

Esse são alguns personagem,

sem rostos ou imagens, 
sem alma, sem coração,
a beira da deriva, 
a beira da solidão. 

sábado, 7 de setembro de 2013

Tão sem sentido,
E a vida.
Em um comprimido, 
Ela se torna maleável,
E as pessoas,
Amável,
Mas no outro dia,
O efeito passa.

sábado, 24 de agosto de 2013

Somos tão passivos de sentimento,
Que nunca justifica nada,
Onde a vida e de papel,
E a caneta, só pinta fel,
E as entranhas do emaranhado,
Mostra algo,
Que nunca foi guardado,
Nosso sentimento,
Que por toda vida,
Só vemos em alguns momentos.
Ou quando estamos tão enlouquecido.
Que me esqueço de tudo.

Hoje,
Parei se ser eu mesmo,
Parei de ser o que minha mãe queria,
O que minha namorada queria,
No fim, larguei a minha vida.
Quem sabe um dia eu volto,
Mas quem sabe!
Se eu já não sou eu mesmo!
Ontem,
Senti o gosto do seu beijo,
Logo ontem,
Só quero algo para suprir,
Por que seus beijos,
Não posso mais sentir.
Ontem foi dois extremos,
O céu e o inferno,
E isso agora,
Só e meu tormento!
Por hoje,
Por todo momento!
Ontem eu disse,
O que guardei,
E no fim da tarde disse,
Que sempre te amei.
O amor tão pequeno,
Mas eterno, até ontem,
Que no fim da tarde morreu,
Quando foi embora,
E me disse adeus!

No primário do amor,
No ensino fundamental da vida,
E na faculdade das mentiras,
Mestre das frustrações,
Doutor em ironia.
Por incrível que pareça,
Somos tão jovens.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Tão parado,
Meu coração bate.
Sempre ah procura de abrigo.
nesse emaranhado de pessoas,
Já não há amor,
E nem dor,
Os mortos vivos,
Tão louco, já estou indo.
Por aqui confundido,
Pobre morto, também sou.
E de nós, restou.

domingo, 18 de agosto de 2013

Ser refém,
Desse amor singelo!
Talvez grande,
Como seus olhos castanhos,
E pequeno como sua boca,
Que beijo, beijo,
E só alimenta meus desejos.

Mas quando a traição vir,
Você poderá me sentir?
Como alguém sente medo,
Ou quando corta o dedo,
Tanto faz,
Quando um amor se desfaz,
Ninguém e mais tudo,
 Destruindo todo aquele mundo,
Que sonhamos algum dia!
No tempo,
Espero sua resposta,
Que nesses anos,
Nada mostra,
O que eu quero ver,
E apenas te ter.
Mas como o amor ainda e pouco,
E a dor e sempre de mais.
Prefiro continuar morto,
Me fazendo são,
Ou mais um louco.

sábado, 17 de agosto de 2013

Não sou poeta,
Pois em meu coração,
Há uma porta entreaberta.
E nela, amores estão a entrar,
E o que posso fazer,
Se não amar.
Mas amar e difícil,
E este e meu ofício.

Queria tanto fugir,
Para um lugar longe.
Mas quando vejo seus olhos,
Tão longe, e perto de você.
E em dois rios vou me afogar,
Antes de dormir,
E sua boca tão doce, me faz amar.
Estar longe de tudo, e tão perto de você.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nas flores vermelhas deixadas,
algumas lágrimas, e amores.
Nas azuis, que guardei,
estão seus sorrisos e abraços,
e também, algumas coisas que roubei.
Mas nas que estou levando,
deixo meu coração,
nem sei que cor,
pois aqui, só resta rancor,
e a solidão.

sábado, 27 de abril de 2013

Agora vejo você indo,
e não mais sorrindo.
Seus passos afastando-te de mim,
oh, como é doloroso o fim.
Mas não culpo-te de nada,
mas nunca deixei de amá-la.
Por tem que ser assim,
queria que nossos beijos nunca tivessem fim.
Mas o fim de tudo, e o gole que bebo,
me embriago, lembrando dos nossos desejos,
que foram intensos, loucamente loucos,
e agora, só me resta o calabouço.
Suas lágrimas escorrem como facas cegas,
abrindo em mim, enormes brechas.
Nesse momento estou impedido de limpá-las,
estou até impedido de amá-la.
Me pergunto, onde eu errei?
eu mesmo respondo, em viver,
tantas caminhos, escolhi você,
tantas iguais, por que você foi ser diferente?
Com suas palavras doces, que acalma a gente,
com seus lindos lábios, eram meu mel,
agora só me restou, o fel,
e aquele anel que compramos.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Seus olhos tristes,
refletem as nuvens,
que deixam cair gostas em mim,
cada uma, sempre mostra o fim,
da semana, do amor,
da tristeza, da dor,
de mim e você,
de todos nós, ao amanhecer.

domingo, 24 de março de 2013

Escrevi no papel,
o que não consegui te falar,
escrevi apenas,
apenas para me aliviar,
respirar um pouco dentro de mim,
sendo apenas um monstro,
caminhando para o fim,
de tudo que haverá e mim,
ou tudo que houve em você,
tudo que deixei transparecer,
tudo que queimou,
tudo que restou...
Eu apenas escrevi, e você,
apenas nem leu.
Preciso duma dose,
ou de mais doze,
para me aliviar,
ou para viver,

Nebulosa

Eu vi você naquela neblina,
e você dançava como os anjos,
e me dizia tantas palavras, naquela esquina,
que não ouvia, apenas me dopava,
apenas me levava,
para uma realidade tão ilusória,
tão contraditória,
e me vejo indo, e você apenas rindo,
e me vejo cair, e você sair,
e me vejo morrer, e você voltar,
para o céu que à aguarda, onde é seu lugar,
apenas senti você naquele dia,
naquela neblina, naquela esquina,
aquele dia, eu senti o céu, o inferno,
tudo naquela neblina.
Meus amigos estão virando homens,
e eu nem sou criança,
mas crio tanto neles,
eu tenho que ter apenas esperança,
mas eles estão indo embora,
e isso me corta, como a lança,
que nunca deixa de penetrar,
sempre para ferir, para matar,
e eu? Ainda moro com meus pais,
eles são tão programados,
tão desajeitados,
tão amorosos,
que como criança que sou,
nem sinto ódio.
Estatuas que nunca dorme, 
estão aqui a me vigiar, 
eu me perco aqui dentro, 
e elas não me deixam viajar, 
fico tão preso aqui com elas, 
que tudo que me sobra, 
são as luzes das velas, 
que estão tão escuras, 
e aqui, nem posso sair pra rua, 
nem posso olhar a lua, 
nem posso mesmo morrer, 
ou estou morto, ou apenas louco, 
mas eu sei, elas estão me vendo, 
eu apenas queria sentir o relento.

domingo, 17 de março de 2013

Victoria

Ao chegar, toquei o chão, 
e não compreendi o que era mais solidão, 
tomei folego para lhe buscar nos horizontes, 
apenas não soube até onde podia ir, 
e você sempre gritava, e eu não te via, 
eu apenas a sentia, 
então vi você aqui dentro, 
amei esse pequeno momento, 
me deparei com o relento. 
apenas abri meus olhos, e fiquei atento, 
então até hoje eu procuro você.
Mas você sempre está do meu lado, 
me fazendo tão vivo, tão límpido. 
Apenas tenho medo, de ter medo,
que o medo me tome,
ou eu absorva por completo,
com esse contato direto...
Ou eu tenho muita felicidade,
por viver  num caminho dessa cidade,
que nunca dorme,
sempre grita, sempre com fome.

sábado, 16 de março de 2013

Todos os dias meu coração para por um segundo,
então me sinto tão vivo,
ninguém mais está ao meu lado,
ninguém mais pode me tocar,
nem mesmo seu gesto de amar,
e você não pode me matar,
somente dentro de você, eu ainda estou vivo,
correndo, vivendo como um rio...
Ao chegar no céu, me decompus,
vi tantos lá, tantos de mim,
vi que não era aquilo que almejava,
e me perguntei, se esse era o meu fim?
Apenas vi que era uma ilusão,
me perguntei, quem controla isto tudo?
E pensava que havia apenas meu mundo.
Tudo vai contra nossa vontade,
para algo maior,
para uma arte,
de um homem só,
que diz, que vamos voltar para o pó...

sexta-feira, 15 de março de 2013

Fresta, ainda resta?

A fresta de si ver,
a fresta de amar,
a fresta de morrer,
a fresta de matar,
a fresta de ser louco,
a fresta de ser bobo,
a fresta de ser humano,
entenda, a sempre uma fresta,
que nos liberta,
Para todos os sois,
para todas a ruas,
para todos os amores,
então o que nos prende?

Queria um mundo,
uma nova religião.
Para criar novas mentiras,
e uma outra solidão.
Mas tenho medo de morrer outra vez,
pois eu sei de tudo,
ou todos sabem,
que não vamos para lugar algum,
pois somos apenas refém,
de si mesmo, ou sistema do além...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Não caia.

Eu busco uma descarga,
Uma corda que feche essas cortinas,
Para que ela não me veja,
Me veja me desfazendo nessa fumaça,
Para que ela não veja minha ferida,
Eu quero que ela veja, apenas meus sorrisos,
Onde eu posso ser forte, ou muito fraco,
Onde eu me entrego a ela, de corpo e alma,
Abraços e brincadeiras,
Mas ainda existe algo aqui, ele dói mais que esse amor,
Por isso, busco uma descarga,
Ela é tão barata, que em qualquer lugar posso comprar,
Ela é tão ruim, que destrói lares, ela é tão ruim que me absorveu.

R.

O início não é aqui...

Talvez estamos presos,
Mas não libertos, e todos estão nos julgando,
E isso não tem fim, mais ainda temos uma missão,
Sermos nossos Deuses, nos auto-curando.
Mas ainda existe falhas, passageiros sórdidos,
Alguns portais, estão selados com lágrimas,
Outros destruídos com falsas verdades,
Mas ainda não chegou a hora, mas...
Mas ninguém está do seu lado!

R.